Publicado em
17/12/2024
Iniciativa do Projeto Encantar a Política, Sefras, Revista Casa Comum e CNBB oferece formação virtual sobre a urgência de uma mobilização em prol do cuidado da Casa Comum.
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“Hoje, tentei colocar o Mutirão em prática nas duas aldeias que acompanho, onde os madeireiros são o nosso maior obstáculo. O curso tem me ajudado muito na conscientização e o cuidado com a Casa Comum.”
O depoimento é da Irmã Maria Dalvanira da Fonseca Lima, da cidade de Grajaú, no Maranhão. A pedagoga de 59 anos e membro da Secretaria de Pastoral da Diocese de Grajaú, é uma das participantes da primeira turma do Mutirão em Defesa da Casa Comum, que está chegando ao fim depois de seis semanas de formação.
O curso, lançado durante o Seminário Nacional da Campanha da Fraternidade, realizado em setembro em Brasília, resulta de uma parceria do Projeto Encantar a Política, o Sefras – Ação Social Franciscana, a Revista Casa Comum e a Campanha da Fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Inspiração
O novo curso foi inspirado pelo Mutirão pela Democracia, iniciativa da Revista Casa Comum em parceria com o Projeto Encantar a Política realizada no início de 2024, com base nas reportagens da 8ª edição da Revista Casa Comum – que pautou o tema Reencantar a política: pela mobilização das urnas e das ruas – e também na Trilha de Saberes.
O Mutirão e a Campanha da Fraternidade
Um dos principais objetivos do curso é capacitar animadores(as) e multiplicadores(as) para a defesa e o cuidado da Casa Comum, proposto pela Campanha da Fraternidade de 2025, que tem como tema ‘Fraternidade e Ecologia Integral’ e o lema “Deus viu que tudo era muito bom!” (Gn 1,31).
Além disso, a formação também foi baseada na 10ª edição da Revista Casa Comum e da Trilha de Saberes que a acompanha, materiais que foram base as discussões, debates e trocas de experiências entre os(as) inscritos(as) por ter sido elaborado em parceria com a CNBB com o tema Somos Natureza: A necessária conversão ecológica.
Primeira turma chega ao fim
Com o objetivo de possibilitar que mais pessoas participem da formação, garantindo a organização dos encontros – todos online -, o Mutirão foi dividido em duas turmas.
A primeira, que teve início em 28 de outubro, está chegando ao fim, e, com isso, muitos aprendizados, experiências, vivências e opiniões têm sido divulgadas sobre esse percurso.
Alex Bastos, coordenador do Mutirão em Defesa da Casa Comum, reforçou a potência da formação, que reuniu mais de 700 inscritos somente nessa primeira turma.
“Utilizando de recursos digitais, os mais de 700 participantes puderam experimentar um banquete de partilhas, ideias e experiências na articulação de um olhar especial para o cuidado com a Casa Comum, caminhando e buscando, de maneira articulada, compreender a importância desse tema e também da Ecologia Integral.”
A formação é inteiramente gratuita, entretanto, cada participante deve assumir o compromisso de multiplicar os ensinamentos do curso para sete novas lideranças, que, por sua vez, devem mobilizar outras sete pessoas em suas localidades, multiplicando, assim, o efeito e alcance da formação, como compartilha Alex.
“Agora, os participantes do Mutirão irão semear, a partir da prática dos planos de MultiplicAÇÃO, vivências e ações concretas de mudança de mentalidade e novas experiências de relação com nosso Planeta.”
Correspondentes mobilizados
A disseminação da Revista Casa Comum pelas cinco regiões do país acontece a partir da parceria de impressão e distribuição da PAULUS Social e também a partir da rede de Correspondentes Casa Comum.
Atualmente, cerca de 50 pessoas compõem o grupo, e Rúbia Gonçalves, de Fortaleza (CE) é uma delas. Rúbia participou, inicialmente, do Mutirão pela Democracia.
“Foi uma formação organizada pela Revista Casa Comum e pelo Projeto Encantar a Política, que favoreceu uma fecunda discussão e reflexão sobre democracia. Nós organizamos uma roda de conversa com os candidatos a vereadores do município onde eu moro”, compartilha Rúbia.
Com a chegada de um novo Mutirão, Rúbia se inscreveu para participar novamente, celebrando a escolha do tema da 10ª edição da revista, base da formação. “É uma temática urgente e necessária por conta da crise climática em que vivemos. A Terra grita com a destruição do meio ambiente, em que a maioria dos que sofrem os impactos é a população pobre e vulnerável.”
Integrante da primeira turma do Mutirão em Defesa da Casa Comum, Rúbia celebra o chamado do Papa Francisco para o cuidado com a Casa Comum a partir da encíclica Laudato Si’ – que completa 10 anos de sua publicação em 2025 – e conta sobre os planos futuros de compartilhar o que aprendeu no curso.
“Eu pretendo utilizar agora no meu projeto a Trilha de Saberes, que dá excelentes dicas de como agir diante dessas calamidades, dessa destruição, como ser diferente, como ser um sinal de vida e um sinal do amor de Deus. Eu concluo o curso em breve, mas as inscrições já estão abertas para a segunda turma. Todos somos convidados a aprofundar o conhecimento e também partirmos para uma ação de cuidado com a nossa Casa Comum.”
O que acharam os participantes?
Assim como o relato da Irmã Maria Dalvanira da Fonseca Lima, que abre essa reportagem, muitas outras partilhas têm sido divulgadas.
“Este curso fará diferença na minha vida pessoal, familiar e pastoral. As rodas de conversa agregam muito, pois passamos a conhecer as particularidades do nosso território. Os conteúdos são muito relevantes e os questionários de fácil entendimento. Obrigada pela oportunidade”, conta Isabel Abritta, professora de 63 anos, atuante nos círculos bíblicos.
A Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da CNBB, a Cepast, também tem divulgado, em parceria com a CNBB e Revista Casa Comum, uma série de experiências dos participantes da primeira turma do Mutirão.
Raimunda Alves, professora de 54 anos de Santarém, no Pará, conta: “A crise social, ecológica e ambiental é resultado da ação irracional do ser humano. Neste sentido, o Papa Francisco alerta sobre o cuidado de tudo o que existe e respira. A conversão ecológica se faz urgente!”
Já Silvelena Bezerra, enfermeira de 58 anos de Presidente Médici, de Rondônia, atesta: “O Mutirão tem proporcionado muito conhecimento, despertando um novo jeito de ver e cuidar desta Casa Comum, promovendo justiça socioambiental, exercendo minha cidadania.”
“O Mutirão está fantástico, permitindo uma reflexão coletiva em torno da nossa Casa Comum e de uma fraternidade que se nutre na Ecologia Integral. Pessoalmente, eu reflito sobre meu próprio comportamento e levo isso para a minha vida profissional como professor”, compartilhou Charles Falcão, de 48 anos, de Coari, no Amazonas.
Está no ar: participe da segunda turma do Mutirão
E aí, se animou com os relatos?
A boa notícia é que já estão abertas as inscrições para a segunda turma do Mutirão em Defesa da Casa Comum, como convida Jussara Seidel, uma das coordenadoras do Projeto Encantar a Política, que coordena o Mutirão.
“A experiência do Mutirão não acaba por aí. Essa parceria entre a CNBB, Encantar a Política e o Sefras quer chegar a mais ´homens e mulheres de boa vontade´! Estamos com inscrições abertas para a nova turma do Mutirão. Se você ainda não participou, é importante que dê dois passos: o primeiro deles é se inscrever e participar. O segundo é divulgar para seus amigos, conhecidos, companheiros de movimento, paróquia, congregação e família”, convida. E deixa o lembrete: “Se você já fez parte da primeira fase, seu caminho é mais curto, você só precisa divulgar!”
Considerando o período de festas de final de ano, os encontros da segunda turma – totalmente online e gratuitos – estão previstos para iniciar em 13 de janeiro, com término em 27 de fevereiro. Cada participante pode escolher se deseja participar às segundas ou quintas-feiras, com encontros das 20h às 22h.
A formação seguirá a lógica da primeira turma:
O curso terá validade de extensão universitária e será certificado pela Cátedra Unesco de Juventude da Universidade Católica de Brasília, em parceria com o Vida e Juventude. O recebimento do certificado dependerá da participação em pelo menos cinco das sete rodas de conversas e da realização das atividades avaliativas com aproveitamento mínimo de 60%.
Tem alguma dúvida? Entre em contato pelo WhatsApp:
Claudio Vieira
+55 (11) 99116-1295
O caminho que se apresenta é a conversão ecológica, ou seja, uma mudança radical na qual, ao invés de explorar o planeta, a Natureza e a vida até a exaustão, é necessário aprender a cuidar da Terra e uns dos outros, em uma lógica de inter-relação, cultivo e cuidado.
Publicado em
17/09/2024
O curso foi lançado durante o Seminário Nacional da Campanha da Fraternidade, em Brasília, em setembro. As inscrições são gratuitas, e podem ser feitas até o dia 25 de outubro.
Publicado em
04/10/2024
A atual edição da Revista é fruto da parceria entre o Sefras – Ação Social Franciscana e a Campanha da Fraternidade 2025, que traz o tema Fraternidade e Ecologia Integral.
Publicado em
02/10/2024