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Editorial

Publicado em

01/11/2022

“Há espaço para uma nova economia?” é a pergunta que orienta a 3ª edição

Esta edição chega às ruas e às redes após os resultados das eleições de 2022, uma das mais emblemáticas da história brasileira. Desse processo, entendemos que não podemos normalizar o que vivenciamos no período eleitoral, marcado por violações de direitos humanos e ataques às instituições democráticas, como se, com a vitória nas urnas, nossos desafios estivessem terminados.

O que experimentamos, ao longo dos últimos anos, convulsionou a democracia e o Estado Democrático, e não se encerra só com a mudança de Governo. Ainda há muito por fazer. Mas também temos o que celebrar: a Democracia venceu.

O resultado dessas eleições representa uma vitória contra a desinformação, o negacionismo, a cultura do ódio e da violência e a onda de exploração e aniquilamento da vida, seja ela dos biomas, dos povos
originários, seja de tantos grupos periféricos, vozes que pretendemos ecoar nesta publicação.

A Revista Casa Comum aborda, nesta 3ª edição, o debate sobre a economia e as armadilhas históricas
de um conservadorismo que se apoia nessa esfera da política para avançar com um projeto societário excludente e exploratório, com aparência e comportamento fascista, que tem se propagado no mundo inteiro.

Quando falamos de economia, é preciso desfinanceirizar o imaginário desse conceito que está para além do que entendemos por dinheiro. Economia significa o modo como organizamos nossa Casa Comum, com todas as suas realidades e contextos. Para construir um mundo mais justo e igualitário para todas as pessoas, precisamos de uma economia que se desenvolva na lógica de proteger e cuidar da vida como única saída possível.

Priorizar essa agenda e entender o que está em jogo é um passo importante, mas saber e construir novas
formas e projetos diferentes dos colocados pelo mercado hegemônico é revolucionário. Pistas e
experiências não nos faltam no campo prático e da incidência política com novos marcos legislativos,
assim como temos muito a aprender com as práticas comunitárias e dos movimentos sociais.

Esta edição dá luz a esse tema tão importante para que os próximos representantes assumam não o
remendo de um sistema político e econômico – que não aponta para profundas e necessárias decisões
diante do destino da nossa Casa Comum, o nosso planeta –, mas que construam, a partir de um Paradigma do Cuidado, um novo modo de vida, de sociedade, de consumo e de produção e, também, de Estado. Pela democracia, pela participação popular, pelo respeito e apoio mútuo, pelo cuidado como projeto político para relações mais saudáveis, e pela vida acima de tudo!

Equipe Revista Casa Comum

>> Veja como foi o lançamento da 3ª edição:

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