Publicado em
12/11/2024
COP 29 acontece entre os dias 11 e 22 de novembro, em Baku, no Azerbaijão, e contará com cobertura jovem de Thalia Silva, ativista climática parceira da Revista Casa Comum.
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Anualmente, governantes, membros de organizações da sociedade civil e ativistas reúnem-se em um evento para debater a agenda climática a nível mundial. Mas afinal, porque esse evento é tão importante?
A começar pelo nome. A COP, ou Conferência das Partes, é um encontro anual que conta com a participação representantes de diversos países para discutir e negociar ações globais sobre mudanças climáticas, sendo o órgão supremo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC).
A cúpula congrega 198 países e se configura, hoje, como o principal espaço de negociações climáticas.
Segundo o Observatório do Clima (OC) – coalizão de organizações da sociedade civil brasileira para discutir mudanças climáticas que realiza uma cobertura profunda sobre a agenda climática -, os governos enfrentam, nas próximas duas semanas, a tarefa inadiável de definir quem, como, com quanto e quando pagará a conta da crise do clima.
“No ano que deve ultrapassar 2023 e se tornar o mais quente desde o início das medições, com temperaturas que pela primeira vez excederão o 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, não faltam alarmes quanto à urgência de uma guinada na ação climática global: as inundações recordes na África oriental, no Brasil, no Sahel e na Espanha, ondas de calor na Ásia, no México, no Oriente Médio e os Estados Unidos, furacões turbinados no Caribe e nos EUA, os incêndios na Grécia e na América do Sul, entre muitos outros, transformam os extremos em um “novo anormal” e serão apenas o começo, caso o mundo falhe com a tarefa de controlar o aquecimento global”, diz trecho de reportagem do OC que elenca 10 coisas para ficar de olho na COP 29.
Um dos grandes objetivos desse ano é a aprovação da ‘Nova Meta Quantificada Coletiva’ (NCQG, em inglês), que endereça o montante de recursos financeiros que os países desenvolvidos precisam disponibilizar a partir do ano que vem para financiar mitigação, adaptação e as perdas e danos da crise climática nos países em desenvolvimento. Esse é um dos motivos pelos quais a atual cop foi apelidada de COP das Finanças.
Revista Casa Comum na COP
Em 2024, a COP chega a sua 29ª edição e acontece em Baku, no Azerbaijão, entre os dias 11 e 22 de novembro.
Quem fez as malas e embarcou nessa jornada foi Thalia Silva, jovem amazônida coordenadora de Relações Políticas da Coalizão Nacional de Juventudes pelo Clima e Meio Ambiente (CONJUCLIMA) e coordenadora do Laboratório de Comunicação do Engajamundo, organização de liderança jovem com o objetivo de conscientizar as juventudes para que sejam conscientes e participem de processos de tomada de decisão.
Ativista climática e socioambiental, Thalia já é parceira da Revista Casa Comum. A jovem integrou o comitê especial de elaboração da pauta da 10ª edição da revista, apontando o que não poderia ficar de fora do debate do volume, que trouxe como tema “Somos Natureza: a necessária conversão ecológica.”
Além disso, foi entrevistada na editoria Mobilize-se da 10ª edição, onde contou um pouco sobre a criação da CONJUCLIMA durante a 27ª Conferência das Partes, no Egito, em 2022, e sua atuação enquanto coalizão que, ao reunir outras organizações juvenis que trabalham em questões de clima e meio ambiente, tem, hoje, como principal objetivo, inserir as juventudes nos espaços de decisão.
“Você, jovem, deve assumir seu protagonismo, sua vida e decidir o que precisa para o seu futuro. O melhor lugar para reivindicar isso é nos espaços de decisão. […] As conferências passam, mas o legado daquelas decisões permanece”, destaca Thalia.
Fique de olho
Ao longo de toda a COP 29, Thalia realizará uma série de vídeos nas redes sociais sobre o desenrolar das decisões na Conferência. Todos os conteúdos serão disponibilizados em suas redes e também no Instagram da @revistacasacomum.
Não perca!
No primeiro vídeo da série, Thalia faz um resumo do que é a COP e porque a escolha de Baku, no Azerbaijão, como sede da COP 29 traz consigo polêmicas. A jovem aponta a dificuldade de discutir energias limpas quando a própria economia do país sede é impulsionada por combustíveis fósseis.
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O caminho que se apresenta é a conversão ecológica, ou seja, uma mudança radical na qual, ao invés de explorar o planeta, a Natureza e a vida até a exaustão, é necessário aprender a cuidar da Terra e uns dos outros, em uma lógica de inter-relação, cultivo e cuidado.
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