SOBRE

A Revista Casa Comum: uma iniciativa Franciscana

A iniciativa de produzir e articular conhecimento crítico e atualizado frente ao contexto dos direitos humanos e ambientais, surge de uma cosmovisão Franciscana, em que tudo que existe exige cuidado e está interligado, como uma grande comunidade de vida (Carta da Terra).

No âmbito internacional, é publicado pelo Papa Francisco um marco político e ético importantíssimo, a Encíclica ´Laudato Sí (2015)´, um documento que aponta para um novo paradigma societário, o cuidado com si, com o outro e com o planeta. O ser humano não é o centro da vida e nem pode viver de modo isolado das relações com outros seres e vidas. A relação é algo implicado na sua própria existência. Por isso, o cuidado é a base destas relações que se nutrem e entrelaçam suas necessidades e existências.

O conceito “Casa Comum”, apresentado pelo Papa Francisco neste enfoque integral das relações, espelha a filosofia vivida por Francisco de Assis, que chamava de modo contemplativo “Nossa Mãe Terra”, que tudo gera e nutre os seres. Esta compreensão de “Casa” assume que toda a criação é parte deste lugar comum, como uma grande família biodiversa.

Atrelado a esta concepção de Casa Comum, o Papa também convoca as pessoas a promoverem uma nova economia. A etimologia oikos – “casa” e nomia – “modo de organizar”, revelam a importância deste conceito. Economia, portanto, está no campo das formas como as relações são construídas e o que esperamos dela. Uma relação igualitária, que pensa em todos e todas, inclusive no modo de produção que considera a natureza como elemento sagrado e respeitado.

Os dilemas e desafios atuais que encontramos no campo político, social e econômico são expressões da crise de um paradigma utilitarista, financeirizado e exploratório que deve ser superado. Este modelo não contribui em nada. Pelo contrário, atrapalha para este novo lugar e nova forma de ser e relacionar-se. O “grito da terra e dos pobres” clama por esta mudança de atitude societária.

A Revista Casa Comum quer ser uma plataforma de produções, narrativas e informações que conectem agendas, demandas, pessoas e, em especial, visões para uma perspectiva mais integral e ecológica. Pois falar de defesa de direitos é espraiar para a presença e potencialidade de toda e qualquer forma de vida.

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