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Publicado em

16/06/2023

“A gente tem que acolher e tentar entender o porquê dessas pessoas estarem em situações de vulnerabilidade”

É o que defende Tuany Conceição de Vasconcelos, educadora social do Sefras que atua com a população em situação de rua no Rio de Janeiro

Por Dayse Porto

Nas grandes cidades do Brasil, milhares de pessoas vivem em situação de rua, enfrentando desafios diários para sobreviver. Segundo dados do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, com base em dados disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o Brasil tem 206.044 pessoas em situação de rua. Esse número alarmante revela uma realidade complexa e exige a atenção de todos os setores da sociedade.

Diante dessa realidade, a educadora social Tuany Conceição de Vasconcelos, de 26 anos, residente em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, tem desempenhado um papel fundamental no apoio e acolhimento a este grupo. Ela começou a atuar como voluntária no Sefras – Ação Social Franciscana durante a pandemia, distribuindo alimentos no Convento de Santo Antônio. A partir desse trabalho voluntário, Tuany foi chamada para uma entrevista e, logo em seguida, se tornou educadora social, atuando diretamente com a população em situação de rua.

Seu principal desafio é lidar com o preconceito que muitos têm em relação a essa parcela da sociedade, acreditando e reforçando diversos preconceitos contra pessoas em situação de rua. Porém, Tuany sabe que essa visão está equivocada. Para ela, essas pessoas apenas desejam ser ouvidas e receber atenção e defende que, em vez de julgá-las, é preciso acolhê-las. “A gente tem que acolher e tentar entender o porquê dessas pessoas estarem em situações de vulnerabilidade”, afirma.

Os estereótipos não apenas perpetuam a marginalização, mas também restringem suas oportunidades de acesso a serviços essenciais, como moradia, saúde e emprego.

Para a educadora, a luta é árdua, mas extremamente valiosa. Ela ressalta a importância de lutar pelos direitos humanos e conscientizar todos os cidadãos sobre seus direitos e acredita que, ao trabalhar nessa construção, está contribuindo para melhorar a sociedade, tornando-a mais justa e igualitária. “Embora eu saiba que não será uma mudança imediata, acredito na persistência e na vontade de cada pessoa que atua em projetos sociais para transformar a nossa realidade”, explica.

Ao reconhecer a importância de se envolver ativamente na política e na defesa dos direitos humanos, Tuany e outros educadores sociais estão contribuindo para construir uma sociedade mais inclusiva, onde todas e todos tenham seus direitos respeitados e a oportunidade de viver com dignidade.

Fotos: acervo pessoal

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