Publicado em
27/01/2025
Roteiro formativo é parte integrante da 11ª edição da Revista Casa Comum, que pauta a importância de uma comunicação transformadora pelo bem comum.
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Como está nosso ecossistema comunicativo? Por quais canais nos comunicamos? Com quem nos comunicamos? Existem compartilhamentos e diálogos ou apenas informação? Todas as pessoas podem fazer parte do ciclo de comunicação ou apenas algumas? Múltiplas visões e histórias estão sendo compartilhadas? Existe espaço para esse ecossistema ser aberto, dialógico, criativo e participativo?
Essas são algumas questões levantadas na parte introdutória da Trilha de Saberes da 11ª edição da Revista Casa Comum, que traz como tema Comunicação transformadora pelo bem comum.
A iniciativa, realizada em parceria com a Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom), debate, nesta 11ª edição, a educomunicação enquanto campo de saber que baseia a revista e a Trilha; a comunicação enquanto direito garantido por documentos nacionais e internacionais; a relação entre comunicação, democracia e participação social; a alta concentração de poder dos meios de comunicação no Brasil; as funções da comunicação no âmbito da mobilização social e muitos outros aspectos.
Sobre a Trilha de Saberes
A cada edição, a Revista Casa Comum traz à tona uma série de conteúdos que buscam ampliar a compreensão de diferentes públicos sobre as pautas de direitos fundamentais, bem como gerar e produzir conhecimento, possibilitando uma formação permanente para quem atua e para quem quer atuar nessas agendas.
Assim, a Trilha se propõe a apresentar um caminho para que todos e todas que promovem formações com grupos, coletivos, movimentos, espaços escolares etc., possam explorar todo o conteúdo da Revista em momentos de encontros, rodas de conversa e formações, incentivando a reflexão e o engajamento de cidadãos e cidadãs em iniciativas de transformação social.
Por dentro do tema
O filósofo, poeta, líder quilombola e ativista, Nêgo Bispo, e o educador e patrono da educação brasileira, Paulo Freire, são nomes citados no ponto de partida da Trilha, que aborda a construção de relações de comunicação para o compartilhamento de saberes e, consequentemente, a construção de nossas comunidades, e também o caráter comunicativo de todo processo educativo, como explica Paulo Freire:
“A educação é comunicação, é diálogo, na medida em que não é transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados.” (Freire, 1977, p.69)
As ponderações iniciais também reforçam o caráter democrático da comunicação, uma vez que o processo de compartilhar conhecimentos, vivências e experiências demanda e possibilita a participação social, onde as pessoas entendem que podem sonhar com uma sociedade mais justa. Assim, “estratégias de mobilização e comunicação comunitária, alternativa e livre, são essenciais para que as histórias sejam contadas de forma contextualizada”, aponta trecho do roteiro formativo.
Propostas práticas
Cada edição da Trilha é formada por um ponto de partida, que traz o tema norte e a base conceitual, além de três encontros, que percorrem um caminho educativo que visa: 1. Conhecer o tema; 2. Refletir; e 3. Agir.
Na primeira parada, o roteiro traz sugestões como: propor a escrita de tuítes de apresentação dos participantes da atividade; mapeamento dos ecossistemas comunicativos de cada um(a) – família, movimentos sociais e espaços comunitários que frequenta, trabalho, escola, etc. -; discussão em grupos sobre como melhorar as relações/caminhos mais fracos de comunicação; debate sobre as questões: por que a comunicação é um direito humano?; vocês se sentem representados(as) nas mídias?; a mídia influencia nossa forma de pensar e agir?; como as mídias contribuem para criação, reforço ou desconstrução de estigmas e estereótipos?
A segunda parada, destinada à reflexão, traz outras propostas práticas, como a criação de imagens-identidades de cada grupo do encontro anterior; a leitura de textos da 11ª edição da revista, escuta do podcast, e reflexão em formato de roda de conversa, respondendo a perguntas como: por que se fala tanto de liberdade de expressão?; e podemos, em nome da liberdade de expressão, promover ações preconceituosas, racistas, machistas e violentas?
No terceiro e último encontro, a Trilha de Saberes traz um chamado à ação e propõe a criação de uma iniciativa de comunicação comunitária, independente, para mobilização local, ajudando no ecossistema comunicativo, no compartilhamento de ideias, na garantia de direitos e aumentando a participação social da comunidade.
Acesse e saiba mais
Agora, a Trilha de Saberes faz parte integrante do corpo da Revista Casa Comum. O material estará sempre disponível ao final dos conteúdos de cada edição.
Não deixe de acessar o site da revista e conferir o roteiro na íntegra.