Publicado em
06/07/2022
Confira dicas de vídeos, artigos, reportagens e exemplos de iniciativas que atuam com democracia, cidadania e política além das eleições
Há quem diga que existe idade para começar a aprender sobre política, cidadania e democracia. O que muitas pessoas pensam, erroneamente, é que política restringe-se aos partidos políticos e eleições, quando a verdade é justamente o contrário. Atos simples do cotidiano, como pagar impostos, por exemplo, envolvem política, que, por isso, transforma-se em um assunto de interesse de todas as pessoas.
Por mais que algumas pessoas digam que não gostam de política, não é possível viver em sociedade sem exercer direitos e cumprir com responsabilidades. Nesse sentido, quanto antes crianças e jovens forem introduzidos a esses conceitos, mais ativos e preparados estarão para conduzir o futuro de nosso país.
Para ajudar pais, mães, responsáveis e educadores a introduzir política em conversas com os mais jovens, separamos algumas dicas em vídeos, artigos e reportagens sobre o tema. Conheça também algumas iniciativas que já atuam a partir do interesse de crianças e jovens pelo assunto. Confira:
O que as crianças acham sobre política?
Narrado por crianças e ilustrado com desenhos, o vídeo do portal Lunetas faz perguntas a crianças de até 12 anos sobre política: o que faria se fosse presidente, se uma criança governasse o Brasil o que seria diferente, o que é um bom presidente, entre outras. Entre respostas como “mais brinquedos” e “crianças mais livres”, os participantes mostraram que há preocupação desde cedo com pautas importantes no país, como fome, acesso a moradia e escola e racismo. Confira:
A política na formação integral dos estudantes
Artigo do Todos Pela Educação analisa a importância de ações e iniciativas que abordem política na escola como forma de promover educação integral de crianças e jovens. O texto apresenta o exemplo da Escola Técnica Estadual (ETEC) Pirituba, em São Paulo, que ofereceu um curso de iniciação política que abordou temas como democracia e ética, cidadania e políticas públicas, estrutura do Estado e participação. A formação foi bem recebida pelos alunos e, com isso, replicada em outras unidades de ensino.
Por que falar de política na escola?
Preocupação com o futuro e falta de identificação com as instituições. Essas são algumas das características das juventudes quando do assunto é política. A análise trazida por reportagem do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC) é de que os jovens são, sim, interessados e engajados, mas não se sentem representados pela forma que a política é feita atualmente. Um professor de filosofia, por exemplo, trabalhou a argumentação dos alunos a partir de debates em formato de competição.
Marcio Black é coordenador do Programa Democracia e Cidadania Ativa da Fundação Tide Setubal. Imagem: Reprodução CENPEC
Conselho Municipal de Meninos e Meninas de Toulouse
Na França, crianças de 9 e 10 anos de escolas particulares e públicas podem votar e serem votadas para integrar o conselho, criado em 2003 pela Secretaria de Educação de Toulouse, na França, como apresentado por reportagem do Centro de Referências em Educação Integral (CREI). Se eleitas, assumem um mandato de dois anos para elaborar projetos de leis, aprender sobre participação e democracia e, em reuniões mensais, comunicar sobre o desenvolvimento das ações realizadas e dos temas combinados.
Plenarinho: o jeito criança de ser cidadão
Destinado a crianças de 7 a 14 anos, pais, responsáveis e professores, o Plenarinho é um programa de relacionamento da Câmara dos Deputados com a comunidade. Tem como objetivo divulgar informações, conteúdos e conhecimento sobre Poder Legislativo – elaboração de leis e atuação parlamentar -, política, democracia e organização do Estado, tudo em linguagem acessível. O portal reúne Câmara Mirim e Eleitor Mirim, ações que simulam situações reais da política.
Jogo da Política
Criado pelo laboratório digital de tecnologia LabHacker e a agência-escola de jornalismo Énois, a iniciativa é composta por três jogos que simulam os três poderes no Brasil e suas características: executivo, legislativo e judiciário. Sobre o poder executivo, por exemplo, os alunos podem aprender a como construir um orçamento público. Já no jogo do legislativo, aprendem mais sobre a tramitação de um projeto de lei. E finalmente em judiciário entendem mais sobre como funcionam os julgamentos.
Fast food da política
Organização criadora de diferentes jogos com um objetivo comum: ajudar jovens a decifrar os códigos do sistema político brasileiro e o funcionamento da política por entender que, para mudar o jogo político, é fundamental compreender suas regras. Há a linha dos jogos clássicos e rápidos, onde os alunos recebem bolinhas com questões públicas, como ensino superior, metrô ou aeroporto e devem destiná-las ao poder responsável: Município, Estado ou União. Também há uma série de jogos especificamente sobre o processo eleitoral ou sobre gênero e política.
Como falar com crianças sobre política e ideologias da família
Reportagem da BBC News Brasil lista quatro dicas sobre como pais, mães e responsáveis podem debater política com seus filhos. A primeira delas, por exemplo, é deixar que o interesse pelo tema venha da própria criança. Fazer paralelos com situações da vivência da criança também é um caminho indicado para tornar mais claro temas complexos.
História sobre política para crianças
Quem manda aqui?, livro de André Rodrigues, Larissa Ribeiro, Paula Desgualdo e Pedro Markun, é o tema do episódio História sobre política para crianças, do canal de contação de histórias Fafá Conta. Com linguagem simples e poética, o livro traz questões relacionadas a democracia de forma que crianças consigam entender conceitos como escravidão, invasão de terras, autoritarismo, eleições e cidadania. Confira:
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