Publicado em
26/08/2022
Lívia Maria Silva vai votar pela primeira nas eleições de 2022 e enxerga potencial da juventude na atuação política
Por Beatriz de Oliveira jornalista do Nós, mulheres da periferia, redação jornalística de mulheres periféricas com olhar para temas importantes no Brasil e no mundo
Entre janeiro e abril deste ano, o Brasil ganhou mais de 2 milhões de novos eleitores de 16 a 18 anos, faixa etária em que o voto não é obrigatório. O recorde foi atingido após uma campanha de comunicação massiva que envolveu artistas, influenciadores digitais e milhares de estudantes, que conscientizaram seus colegas e amigos sobre a importância das eleições de outubro.
Conversamos com duas personagens de diferentes gerações. Em comum, o desejo de participar ativamente do jogo da democracia. Confira a história de Lívia Maria Silva, de 18 anos:
Esperança é o sentimento de Lívia Maria Silva para as eleições de 2022. Aos 18 anos de idade, ela vai votar pela primeira vez. “A política está sempre em movimento. Então você tem a chance de mudar. Se a gente fez uma decisão que não foi boa no passado, podemos mudá-la no futuro. Então, meu sentimento é de esperança porque temos uma juventude muito mais consciente do que antes”, afirma.
Nos dias 2 e 30 de outubro (nos casos de segundo turno), os brasileiros participarão das eleições para escolher presidente da República, governadores dos estados, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. Entre janeiro e abril deste ano, mais de 2 milhões de jovens entre 16 e 18 anos tiraram seus títulos de eleitor. Lívia está nessa lista.
Apesar de ser sua primeira experiência indo às urnas, a garota, que vive em Capanema, no Pará, tem interesse em política há alguns anos. A partir disso, criou o projeto Levanta Jovem, que incentiva o protagonismo juvenil na região Norte, com atividades de mentoria focadas no autoconhecimento, inteligência emocional e empreendedorismo social.
Além disso, a paraense também participa de vários outros projetos. É embaixadora do Jornada do Líder, programa do Mapa Educação, que desenvolve jovens talentos para se tornarem lideranças. Faz parte também do conselho jovem da Rede Empodera, que atua com educação para jovens em situação de vulnerabilidade.
Lívia enxerga a política como elemento presente no dia a dia: “Faz parte da nossa realidade. Se o açúcar aumentar, a gente sabe que isso tem a ver com uma decisão política, se você tem acesso a uma educação de qualidade, isso tem a ver com política.”
Em meio a sua rotina de estudos para prestar vestibular para faculdades do exterior, momentos de devoção a Deus [ Lívia faz parte da Igreja Adventista do Sétimo Dia] e participação de projetos focados na juventude, Lívia entende que “não há como fugir” da discussão política.
“A política é muito mais do que um partido, é a arte de ouvir a voz do povo e entender suas necessidades, e isso transcende qualquer pessoa ou partido. É uma perspectiva coletiva. É uma escolha que posso tomar e afetar positivamente não só a minha vida, mas a minha comunidade, meu estado, meu país”, afirma.
Para escolher decisões acertadas, a jovem entende a importância da busca por conhecimento e do desenvolvimento do senso crítico. Ao mesmo tempo, sabe da importância de buscar fontes confiáveis e conversar com pessoas que tenham pensamentos divergentes.
Da mesma maneira que defende a liderança jovem, Lívia se entusiasma com a participação política da juventude: “Jovens na política é algo incrível, existe muito potencial para atuar nessa área se quiserem.”
Ela mesma quer trabalhar nesse ramo. O curso que mais lhe interessa é o de Políticas Públicas, na Duke University, nos Estados Unidos. “Eu não necessariamente tenho vontade de me candidatar a um cargo político no futuro, mas tenho muita vontade de trabalhar com o desenvolvimento de políticas públicas, que é algo que se assemelha ao que faço nos projetos. No curso, posso conectar muito de educação, de política e outros interesses que tenho”, conta.
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