Publicado em
06/08/2024
No primeiro episódio da websérie Vozes Climáticas, Amanda Costa analisa como as mudanças climáticas afetam de forma desproporcional pessoas que moram em áreas periféricas das cidades.
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Segundo dados do Instituto Pólis, pessoas que moram em áreas de risco, como favelas e periferias, enfrentam as piores consequências das mudanças climáticas. Isso inclui inundações, deslizamentos e falta de acesso à água potável.
Para quem não sabe, existe um termo que explica o motivo pelo qual populações periféricas tendem a sofrer mais com os efeitos da crise climática: é o racismo ambiental.
Mas por que o nome desse fenômeno inclui racismo? Não coincidentemente, grande parcela das pessoas que moram em periferias – áreas historicamente marginalizadas e com seus direitos mais básicos frequentemente violados – são pessoas negras, considerando a forma com que a sociedade brasileira foi construída sem um olhar cuidadoso para a garantia de seus direitos.
No primeiro episódio da websérie Vozes Climáticas, uma iniciativa da Revista Casa Comum em parceria com o Instituto Perifa Sustentável, Amanda Costa, ativista e diretora-executiva do Instituto, faz uma retomada histórica do surgimento do conceito, criado em 1981 por Benjamin Franklin Chave Jr, que lutava pelos direitos ambientais e fazia uma mobilização social por uma comunidade do subúrbio dos Estados Unidos que estava sendo alvo de lixos tóxicos.
Além de contextualizar temas relacionados à agenda climática, um dos objetivos da série é incentivar o engajamento das juventudes em um ano eleitoral, demandando que o tema das mudanças climáticas esteja nos planos de governo de candidatos e candidatas.
“Nós estamos em ano de eleições municipais e é fundamental escolhermos candidatos que assegurem e apresentem projetos sobre crise climática, racismo ambiental e que, principalmente, estejam ligados com nós jovens, negros, mulheres, indígenas porque nossas vozes precisam ser ouvidas. A luta por justiça climática é, na real, uma luta por igualdade.”
Sobre a série
Criada em formato de websérie – para ser divulgada e compartilhada via redes sociais mais utilizadas por jovens -, a série Vozes Climáticas tem como objetivo pautar a crise climática em uma linguagem acessível, de jovens para jovens.
Ao todo, são quatro vídeos. Cada um traz um aspecto específico da agenda climática – como racismo ambiental, justiça climática, engajamento jovem, entre outros – e será protagonizada por jovens ativistas do Instituto Perifa Sustentável.
O nome da série foi inspirado em um programa homônimo do Instituto, criado com o objetivo de impulsionar o exercício da cidadania ambiental jovem no município de São Paulo, mobilizando mais eleitores(as) e candidatos(as) rumo ao compromisso com a pauta climática e a transformação efetiva da cidade. Para isso, o programa visa engajar, formar e apoiar 10 jovens-potência, moradores periféricos da cidade de São Paulo, para atuarem como mobilizadores e protagonistas da pauta climática na cidade.
Iniciativa da Revista Casa Comum em parceria com o Instituto Perifa Sustentável, websérie tem quatro episódios com o objetivo de debater, de jovens para jovens, sobre a crise climática e a importância de as juventudes de todo o país se engajarem em prol da justiça climática e de caminhos para adaptação e mitigação.
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