Publicado em
11/09/2023
Na luta pela construção de novos caminhos e ocupação de posições políticas e de poder, a ANMIGA e as Mulheres biomas do Brasil realizam evento de 11 a 13 de setembro em Brasília
Começou hoje a III Marcha das Mulheres Indígenas, um evento promovido entre os dias 11 e 13 de setembro, em Brasília, pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA) e as Mulheres biomas do Brasil.
Com o tema “Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade pelas Raízes Ancestrais”, o encontro tem o objetivo central de conectar e reconectar a potencialidade das vozes das ancestralidades, fortalecer a atuação de mulheres indígenas, debater desafios e propor novos diálogos de incidência na política indígena do Brasil.
A ideia é que, entre plenárias, sessões de diálogo com mulheres indígenas, negras e quilombolas que estão ocupando espaços de poder em todo país, marchas, lançamentos de livros, apresentações, noite cultural e grupos de trabalho por biomas, a mensagem principal do evento fique clara:
“A luta pela mãe terra é mãe de todas as lutas!”
Histórico
A terceira edição da Marcha vem na esteira de um histórico de mobilizações voltadas à garantia de direitos e da participação de mulheres indígenas, que buscam ocupar espaços de tomada de decisão e fazer valer o lema “Nunca mais um Brasil sem nós!”.
Em janeiro de 2023, por exemplo, foi promovida a Pré-Marcha das Mulheres Indígenas. Com o tema “Vozes da Ancestralidade dos seis biomas do Brasil”, o evento, que aconteceu entre 29 de janeiro e 1º de fevereiro, serviu como uma etapa de preparação para a construção da agenda da III Marcha e também com o objetivo de fortalecer a luta e o protagonismo das mulheres indígenas na defesa de seus direitos.
Foram mais de 200 mulheres participantes, pertencentes aos seis biomas do Brasil, juntas para debater a importância da perspectiva política indígena na construção e manutenção dos direitos dos povos em todo o Brasil.
Programação
A programação da III Marcha começou um dia antes, no dia 10, com a chegada e recepção das delegações em Brasília.
Já o dia 11 foi reservado a inúmeras atividades, como um grupo de trabalho com o tema: “Emergências Climáticas, Biodiversidades, reflorestarmentes e Povos Indígenas – Como as Mulheres Terra, sementes, águas e raízes”. Na parte da tarde, foi a vez de dividir as participantes nos grupos temáticos por biomas: Cerrado, Mata Atlântica, Amazônia, Pantanal, Caatinga e Pampas.
Já a Bancada do Cocar foi responsável por uma plenária com o tema “Reflorestando o Congresso”. O primeiro dia da Marcha será encerrado com uma noite cultural que representa o I Festival das Indígenas Mulheres Biomas.
Em seguida, os dias 12 e 13 ficarão reservados para debates e sessões como “Mulheres Indígenas, Negras, Quilombolas ocupando espaços de poder”, desfile das Originárias da Terra, a Marcha das Mulheres Indígenas – que acontece na manhã do dia 13 -, um diálogo sobre a carta Vozes da Ancestralidade dos 6 biomas do Brasil, entregue na Pré-marcha, entre outras ações.
No dia 14, é hora de as delegações retornarem a seus territórios.
A programação completa está disponível no post abaixo:
Fique por dentro
Todas as novidades sobre a III Marcha das Mulheres Indígenas serão disponibilizadas no site da ANMIGA.
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