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Publicado em

17/09/2024

Participe: iniciativas engajam cidadãos em prol da justiça socioambiental

Práticas concretas de participação cidadã são fundamentais para uma conversão ecológica eficaz.

Por Karynna Luz

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Mesa sobre as “Juventudes da Panamazônia no Enfrentamento aos Desafios Climáticos” nos Diálogos Amazônicos, realizado pelo CONJUCLIMA e COJOVEM: Foto: Engajamundo

É hora de converter as discussões sobre mudanças climáticas em ações concretas, lançando um olhar crítico sobre a necessidade urgente de adaptar as formas de viver e cuidar do planeta. O colapso ambiental iminente exige uma reavaliação profunda dos valores, prioridades, estilos de vida e estruturas sociais. Por isso, o envolvimento ativo da sociedade civil em iniciativas participativas para promover essa transformação é tão fundamental.

Não por coincidência, um ano de eleições municipais é um momento estratégico para exigir compromissos concretos dos governantes. É crucial a implementação de políticas públicas e projetos que incentivem a participação cidadã em conselhos e assembleias, promovam a sustentabilidade e a justiça social, e facilitem a inclusão ativa da sociedade civil nos processos de tomada de decisão, como consultas e audiências públicas.

Com o objetivo de estabelecer um Conselho Nacional de Juventudes dedicado à ação climática e ambiental no país, a Coalizão foi criada na 27a Conferência das Partes, no Egito, em 2022, e compõe a Aliança Global dos Conselhos de Juventudes na qual tem sua atuação em nível nacional e internacional. A CONJUCLIMA é formada por outras organizações juvenis que trabalham em questões de clima e meio ambiente e tem hoje, como principal objetivo, inserir as juventudes nos espaços de decisão.

Thalia Silva, jovem amazônida coordenadora de Relações Políticas da CONJUCLIMA e coordenadora do Laboratório de Comunicação do Engajamundo, compartilha sua percepção ao entrar na Coalizão em 2023: “Durante aquele primeiro ano de trabalho, entendi que nossa geração ainda não é vista e nem reconhecida como parte essencial dos processos decisórios.”

A Coalizão tem se empenhado para garantir que as juventudes de todo o território nacional tenham acesso à criação dos conselhos, com o objetivo de propor políticas públicas de maneira efetiva e garantir acesso aos tomadores de decisão e espaços de formação política, climática e ambiental. “Você, jovem, deve assumir seu protagonismo, sua vida e decidir o que precisa para o seu futuro. O melhor lugar para reivindicar isso é nos espaços de decisão. […] As conferências passam, mas o legado daquelas decisões permanece”, destaca Thalia.

>> Acesse o guia passo a passo para criação de Conselhos Climáticos Juvenis: bit.ly/RCC_10_29

>> Confira a matéria completa no site da Revista Casa Comum sobre a atuação da juventude nessa temática: bit.ly/RCC_10_78


A IRI-Brasil é uma plataforma comprometida em apoiar lideranças na promoção da conservação climática e das florestas, além de dar suporte na proteção de povos indígenas e comunidades locais. O foco é mobilizar a liderança moral e baseada na fé para enfrentar as mudanças climáticas, prevenir a destruição das florestas tropicais e defender os direitos das comunidades afetadas.

Para colaborar com essa causa, você pode ajudar a disseminar os materiais da iniciativa em sua comunidade, ou, até mesmo, utilizar a calculadora de CO2, que mede a quantidade de gases de efeito estufa emitidos por uma organização.

>> Saiba mais em: bit.ly/RCC_10_30
>> Utilize a calculadora de CO2: calculadora.iribrasil.org

Trata-se de um núcleo ativo do movimento Fridays For Future Brasil, localizado no Rio Grande do Sul, composto por cerca de 30 jovens engajados de diversas cidades do estado. Com um enfoque transformador e anticapitalista, o grupo trabalha em prol da justiça socioambiental com três pilares principais: a) Educar a população sob a temática do clima; b) Cobrar práticas sustentáveis dos representantes políticos; e c) Criar um movimento jovem ambiental local e fortalecido.

>> Inscreva-se para fazer parte: bit.ly/RCC_10_31


O Movimento Escazú Brasil une organizações e cidadãos em uma luta pela ratificação do Acordo de Escazú, primeiro tratado ambiental da América Latina e do Caribe. Esse tratado pioneiro conta com quatro pilares de atuação, que visam garantir mais transparência de informações ambientais, acesso a mecanismos de justiça e maior participação social na construção de políticas, além de promover a proteção de denunciantes, tornando uma obrigação a garantia de um ambiente seguro para defensores ambientais, bem como a prevenção, investigação e punição de ataques, ameaças ou intimidações contra esse grupo.

Em março deste ano, mais de 150 organizações da sociedade civil (OSCs) do Brasil, muitas delas integrantes do Movimento Escazú Brasil, produziram uma carta solicitando que o governo federal empreenda todos os esforços necessários junto ao Congresso Nacional para a aprovação do Acordo. Isso ainda não ocorreu, embora o Brasil já tenha assinado o tratado.

“O Acordo de Escazú é uma oportunidade para podermos tensionar internamente uma política pública nacional de defesa dos defensores que seja coerente com a ameaça que essas pessoas sofrem”, analisa Luiz Felipe Lacerda, secretário-executivo do Observatório Nacional de Justiça Socioambiental (OLMA).

>> Acesse o portal: escazubrasil.org.br

>> Para que sua organização faça parte do movimento, entre em contato com: escazubrasil@gmail.com


O Programa é uma iniciativa dedicada a capacitar jovens líderes, especialmente de periferias, comunidades indígenas, negros e LGBTQIA+, para se tornarem representantes eficazes nas negociações climáticas, em níveis local, regional e internacional, preparando-os com conhecimento técnico e habilidades de advocacy.

>> Conheça mais em: bit.ly/RCC_10_32


Com o tema “Emergência Climática: o desafio da transformação ecológica”, a conferência acontecerá em 2025. O foco será em como enfrentar os desafios das mudanças climáticas por meio de uma transição justa para um desenvolvimento de baixa emissão de gases de efeito estufa. Realizada em várias etapas, a conferência começa com as fases municipais e intermunicipais, de junho a dezembro de 2024, seguidas pelas etapas estadual e distrital, de janeiro a março de 2025. A etapa nacional está programada para maio de 2025.

>> Acesse o site e saiba como participar em sua cidade: bit.ly/RCC_10_33


A 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 30) será realizada pela primeira vez no Brasil, em Belém, no Pará, entre 10 e 21 de novembro de 2025.

Para assegurar que todas as vozes sejam representadas e que as discussões tenham o máximo impacto, é fundamental começar a preparação agora.

Isso inclui participar de conferências, debates, apoiar eventos regionais e nacionais, investir em educação e sensibilização, e promover o engajamento por meio de plataformas e campanhas, além de buscar o contato direto com os líderes, em oportunidades para pressioná-los a assumir compromissos claros e eficazes sobre questões climáticas.

A iniciativa, por meio da plataforma “Climate Academy: Educação para a Ação Climática”, oferece treinamentos e eventos que preparam os cidadãos para colaborar como ativistas climáticos.

>> Acesse a plataforma de cursos e confira as inscrições abertas: bit.ly/RCC_10_34


O FOSPA é um espaço dedicado à articulação, ação e reflexão sobre a região amazônica, que abrange Brasil, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. A proposta é unir e coordenar agendas de organizações e comunidades da bacia amazônica para defender a região contra as mudanças climáticas, assim como promover a convivência intercultural e manter-se como um espaço autônomo e independente, composto por movimentos, organizações sociais e representantes.

>> Conheça: bit.ly/RCC_10_35


A Agroecologia nas Eleições (AnE) é uma iniciativa de incidência política lançada em 2020 pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) durante os períodos eleitorais. A campanha tem como objetivo fortalecer a participação democrática, promover o diálogo público sobre agroecologia e cobrar o comprometimento com a temática por parte de candidatas e candidatos a cargos públicos.

A iniciativa reúne uma ampla rede de entidades, organizações e movimentos populares brasileiros com um objetivo comum: incluir a agroecologia e suas dimensões relacionadas à Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (SSAN) na pauta eleitoral de 2024.

Para fortalecer a campanha, a ANA elaborou uma carta política intitulada “Democracia e agroecologia como princípios para a construção de políticas de futuro e para a garantia de soberania e segurança alimentar nos municípios brasileiros – Desafios para as candidaturas nas eleições de 2024”. Os materiais de divulgação da campanha são de acesso livre.

>> Faça download no site, no campo “Fortaleça esta campanha”: bit.ly/RCC_10_28

A Agroecologia em Rede (AeR) é uma plataforma de Ecologia de Saberes dedicada à construção e fortalecimento do movimento agroecológico. Como uma ferramenta virtual, a AeR utiliza tecnologias de informação em software livre para permitir que redes do campo agroecológico se autoidentifiquem e mapeiem suas experiências.

>> Conheça a iniciativa: bit.ly/RCC_10_36


A campanha “Petróleo na Amazônia não!”, organizada pelo Greenpeace, busca impedir a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, uma região ambientalmente sensível e rica em biodiversidade. A queima de combustíveis fósseis contribui para a intensificação de eventos climáticos extremos e a exploração na área pode causar impactos graves ao meio ambiente e às comunidades locais.

>> Assine a campanha: bit.ly/RCC_10_37


É a plataforma do Greenpeace Brasil voltada para mobilização socioambiental. O objetivo é conectar pessoas interessadas em fazer parte da rede de voluntariado da instituição apoiando causas ambientais, participando de atividades locais e online, interagindo em grupos de discussão e participando de treinamentos, além de acessar os kits e guias de mobilização oferecidos pelo Greenpeace.

>> Cadastre-se: bit.ly/RCC_10_38


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