Publicado em
25/11/2024
No Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher (25/11), a Revista Casa Comum elenca produções que mostram como as mulheres Brasil afora se mobilizam diariamente para lutar contra uma sociedade ainda marcada pelo machismo e racismo.
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Sociedades patriarcais, regidas pelo machismo, ainda estão longe de serem extintas, o que obriga que mulheres em todo o mundo lutem, diariamente, para que seus direitos mais fundamentais sejam garantidos e seus corpos, desejos e vontades sejam respeitados.
São milhares e inúmeras formas de violência que pairam sobre as mulheres todos os dias. Desde a mais grave de todas, o feminicídio, e outras ameaças e práticas que, segundo a Lei Maria da Penha (11.340/2006), se encaixam em cinco tipos: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.
Segundo o Mapa da Segurança Pública 2024, 1.443 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2023. Já o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, que traz dados de 2023, mostra 258.941 registros de agressões decorrentes de violência doméstica e 38.507 de violência psicológica. O Anuário também registrou os feminicídios: foram 1.467, sendo 63,6% mulheres negras, 71,1% entre 18 e 44 anos e 64,3% das vítimas mortas na residência. Foram concedidas, ao todo, 540.255 medidas protetivas de urgência, um crescimento de 26,7%.
Em trecho do livro “Sobrevivi… posso contar”, Maria da Penha narra: “Apesar de nossas conquistas, mesmo não tendo as melhores oportunidades, ainda costumam dizer que somos inferiores, e isso continua a transparecer em comentários públicos, piadas, letras de músicas, filmes ou peças de publicidade. Dizem que somos más motoristas, que gostamos de ser agredidas, que devemos nos restringir à cozinha, à cama ou às sombras.” [via institutomariadapenha.org.br]
Em razão do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, marcado pelo 25 de novembro, a Revista Casa Comum elenca algumas de suas produções que mostram como as mulheres Brasil afora se mobilizam diariamente para lutar contra uma sociedade ainda marcada pelo machismo e racismo.
Confira.
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