Publicado em
28/01/2025
Nova série em formato de podcast é uma iniciativa da Revista Casa Comum elaborada a partir de entrevistas da 11ª edição, que pautou a “Comunicação transformadora pelo bem comum”.
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Aqui vai a proposta de um exercício: você consegue pensar em alguma profissão que não use nenhuma forma de comunicação? Parece quase impossível, não é? Isso porque a comunicação é fundamental para que interações aconteçam: seja na construção de um prédio, na decoração de um ambiente, em uma consulta médica, na elaboração de uma reportagem, na divulgação de uma pesquisa científica, na direção de uma organização da sociedade civil, entre muitas outras funções e ocupações.
A comunicação é tão importante que aparece como direito fundamental em diferentes documentos, como na Constituição Federal brasileira de 1988, em seu artigo 5º, inciso nono, que afirma: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.”
Já a nível internacional, a comunicação vem, desde 1948, ou seja, há quase 77 anos, apontada como direito fundamental no artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, o qual afirma:
“Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.”
O que significa comunicação para a Revista Casa Comum?
Enquanto veículo de comunicação que pauta e defende a agenda de direitos humanos e socioambientais, a Revista Casa Comum escolheu a temática da Comunicação transformadora pelo bem comum como fio condutor de sua 11ª edição, a primeira de 2025.
E a própria escolha do tema reflete sobre os princípios da revista: do latim “communicatio”, comunicação significa, entre outras coisas, tornar comum. Ou seja, que possamos nos basear no diálogo, na troca e em conexões genuínas para que busquemos, juntos e a partir da comunicação, o bem comum para todos e todas.
Essa crença, vontade e objetivo da revista podem ser traduzidos pela fala do educador e patrono da educação brasileira, Paulo Freire, que abre o editorial da 11ª edição: “A verdadeira comunicação não admite uma só voz, um só sujeito, a transmissão, a transferência, a distribuição, um discurso único, mas sim a possibilidade de muitas vozes, alteridade cultural, independência e autonomia dos sujeitos, inúmeros discursos, enfim, estruturas radicalmente democráticas, participativas, dialógicas.”
Essa missão de tornar comum, entretanto, está longe de ser uma tarefa fácil. Os conteúdos dessa 11ª edição, ao abordar aspectos, direções e formas de fazer comunicação mostram que essa atividade tornou-se, por diferentes razões, um desafio significativo.
A disseminação cada vez maior da tecnologia e os perigos que esse fenômeno traz consigo – como notícias falsas e desinformação -; a concentração de veículos de comunicação no Brasil; o impacto das big techs e como seus interesses moldam, de alguma forma, a produção noticiosa; a falta de diversidade no processo de produção de comunicação, entre muitos outros aspectos trazem pontos de atenção quando o assunto é o fazer comunicativo.
Série Comunicar para defender direitos
Com o objetivo de aprofundar as discussões trazidas por entrevistados nas diferentes reportagens, artigos e matérias que compõem a 11ª edição, a equipe da Revista Casa Comum criou uma minissérie em formato de podcast.
Com a chamada Comunicar para defender direitos, a série é composta por três episódios que abordam um aspecto distinto da comunicação.
Confira a seguir e divulgue para sua rede:
>> Ep 1. – Comunicação como direito humano
No episódio de estreia, a Revista traz falas de entrevistados para defender a comunicação enquanto um direito humano.
Participam do episódio: Thuane Nascimento, diretora-executiva do Perifa Connection; Caê Vatiero, jornalista transmasculino e um dos fundadores da Transmídia, a primeira organização jornalística do Brasil formada por pessoas trans com o objetivo de abordar pautas específicas desse grupo; Rafael Baptista, um dos fundadores da InfoCria, coletivo jovem que promove autonomia digital e tecnológica em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro; e Giuliano Galli, coordenador da área de Jornalismo e Liberdade de Expressão do Instituto Vladimir Herzog, uma das organizações promotoras da Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores.
>> Ep 2. – O potencial da Educomunicação
No segundo episódio da série, a Revista Casa Comum aprofunda a história de Tatiane Evangelista Soares, contada na editoria Em Perspectiva da 11ª edição em artigo de Ismar de Oliveira Soares, fundador do Núcleo de Comunicação e Educação (NCE), presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom) e conselheiro da Revista. Hoje uma profissional da saúde residente no Ceará, Tatiane conta, em entrevista exclusiva para o podcast, que passou a acreditar que “podia mais” ainda na escola, graças a um programa de Educomunicação.
>> Ep 3: Comunicação aos olhos da lei
Em breve!
Apesar do Brasil possuir altos índices de conectividade à internet, especialistas afirmam que o direito à comunicação vai além de um aparelho eletrônico em mãos. Com tanta conexão, a desinformação surge como risco. Nesse contexto, educação midiática e projetos de lei tentam mudar o cenário.
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Coletivos e organizações usam sites, redes sociais, rádios, vídeos e equipa- mentos diversos para produzir conteúdo e gerar pertencimento.
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Diferentes organizações da sociedade civil têm atuado na defesa da liberdade de expressão e da proteção aos profissionais da comunicação.
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