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Séries especiais

Publicado em

19/04/2024

Territórios Casa Comum 

O novo especial da Revista Casa Comum reúne produções de diferentes representantes de povos indígenas sobre suas vivências e suas lutas pela garantia de direitos no Brasil.

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Apesar de estarem sob uma mesma denominação – ‘povos indígenas’ – é quase imensurável o tamanho da diversidade que existe entre as 1.693.535 pessoas que compõem a população indígena no país, segundo dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Censo de 2010, foram contabilizadas 305 etnias indígenas e 274 línguas indígenas faladas

Correspondente a 0,83% do total de habitantes do país, trata-se de um grupo com diferentes demandas entre si, costumes, tradições e culturas. 

Apesar das particularidades, os povos indígenas compartilham desafios, como a violação histórica e sistemática de seus direitos, falta de interesse e conhecimento por sua história, equívocos quanto à própria nomenclatura – deve-se falar em indígenas e povos indígenas, e não em ‘índios’ -, a falta de demarcação de terras – uma de suas principais reivindicações -, a exploração, garimpo e grilagem de Terras Indígenas, falta de infraestrutura básica e acesso ao sistema de saúde, negação da contribuição indígena para o país e para o mundo, entre outros pontos. 

Um desses grandes desafios é a falta de representatividade de pessoas indígenas em diversos espaços – seja na política, em ambientes de debate e em iniciativas de comunicação. 

Enquanto projeto de comunicação multiplataforma voltado para o engajamento em defesa dos direitos humanos e ambientais, a Revista Casa Comum acredita na importância de fortalecer ações populares, produzir conteúdo crítico e disseminar informações qualificadas referentes aos direitos humanos e ambientais, a fim de gerar conhecimento e incentivar o engajamento e a mobilização social em torno de temas urgentes do país. Tudo isso a partir do valor franciscano do diálogo e da produção colaborativa. 

Nesse sentido, a Revista Casa Comum abre espaço para novas vozes, para que contem suas experiências, práticas, costumes, tragam suas perspectivas e pontos de vista, e apontem, em suas próprias palavras, sobre o que é ser indígena no Brasil atualmente. 

Esse é o principal objetivo do novo especial da Revista Casa Comum: Territórios Casa Comum. O especial contará com uma divulgação periódica de conteúdos, produzidos integralmente por representantes de diferentes povos indígenas. 

Por compreender a importância da terra para os povos originários, o nome Territórios Casa Comum foi escolhido tendo em vista que os povos indígenas são comprovadamente os mais comprometidos em conservar e preservar a natureza e o espaço que os cerca e que habitam. 

O Especial é lançado em um momento oportuno. Abril é considerado o mês dos povos indígenas, uma vez que dia 19 deste mês marca o Dia dos Povos Indígenas. É também em abril que acontece o Acampamento Terra Livre, que, em 2024, traz a mobilização indígena histórica por suas terras no tema do evento: Nosso marco é ancestral. Sempre estivemos aqui. Neste ano, o ATL completa 20 anos, e acontece entre os dias 22 e 26 de abril, em Brasília (DF). 

Os 20 anos do ATL é o tema da produção que inaugura o especial Territórios Casa Comum, assinada por Luciene Kaxinawá.   

Confira as produções a seguir. 

Acampamento Terra Livre: 20 anos de luta, resistência e demarcando espaços

Entre os dias 22 e 26 de abril, milhares de indígenas de diferentes povos irão se reunir em Brasília para lutar pela garantia de seus direitos.
Por Luciene Kaxinawá*

“Sou um guerreiro digital”, diz Renan Khisetje, indígena do povo Khisetje

Indígena do povo Khisetje, da Terra Indígena Wawi, do Mato Grosso, compartilhou momentos do Acampamento Terra Livre no especial Territórios Casa Comum por meio de uma cobertura fotográfica.

Aldeias “invisíveis” nas cidades: indígenas enfrentam e superam desafios quando saem de seus territórios tradicionais

Em artigo para a 9ª edição da Revista Casa Comum – que teve como tema Brasil continental: os dilemas das cidades diante da perspectiva do Bem Viver – Luciene Kaxinawá, primeira jornalista e apresentadora indígena da TV brasileira e Camila Mīg Sá dos Santos, mulher indígena Kanhgág, mãe, artesã, graduanda em antropologia e pesquisadora pela UFPR analisam que, mesmo diante da invisibilização, a busca por reconhecimento e qualidade de vida marcam a trajetória de indígenas nos territórios urbanos.

Olhares dos povos originários e tradicionais para a emergência climática

O Retrato Brasil da 10ª edição da Revista Casa Comum – que teve como tema Somos Natureza: a necessária conversão ecológica – trouxe registros de Ailton Borges, quilombola e gerente de Promoção dos Direitos Quilombola do Estado do Pará; Camila Mīg, mulher indígena Kanhgág; e Cintia Matos,
quilombola e fotógrafa. As imagens provam que povos originários e tradicionais têm outra relação com a Natureza e meio ambiente, de respeito e preservação.

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